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Arquivo Judiciário: Dia Internacional dos Arquivos é comemorado com visita de estudantes

Na sexta-feira, 9 de junho, é comemorado o Dia Internacional dos Arquivos. Para marcar a data, o Arquivo Judiciário, integrando a 7ª Semana Nacional de Arquivos, recebeu na manhã desta quarta-feira, 7/6, um grupo de alunos do ensino médio do Centro de Excelência Professor Gonçalo Rollemberg Leite, de Aracaju. Com o tema ‘Arquivos – Territórios de Vidas’, a ideia da semana é estimular a reflexão sobre práticas arquivísticas. “Essas visitas são corriqueiras. Muitas escolas buscam e marcam a data da visita. Mas hoje essa visita foi especial porque estamos na Semana Nacional dos Arquivos. E o Arquivo Judiciário não poderia deixar de contemplar esse calendário, recebendo alunos e explicando para eles que somos um local de guarda dos processos de todo o Estado, conservando a memória de todos sergipanos”, comentou Maria Assunção Ribeiro de Paula, chefe do Arquivo Judiciário. ‘Protagonismo negro e direitos humanos’ é o nome da disciplina eletiva cursada pelos alunos da visita de hoje. “Eles têm aqui a disciplina na prática, sabendo de onde vem o conhecimento histórico, que não está no livro didático gratuitamente. Foi construído a partir de um trabalho de pesquisa, de restauração de documentos. Conhecer esse espaço de guarda é interessantíssimo para eles ligarem a prática à teoria”, salientou Fernanda Correia, professora de História do Gonçalo. Ela conhece o Arquivo Judiciário há muito tempo e sabe a relevância do local para os pesquisadores. “Esse lugar guarda a memória não só do nosso Estado, mas também do Brasil. Assim, outros pesquisadores têm acesso a essa memória e podem trazer suas interpretações, que mudam de acordo com o olhar do presente”, ponderou a professora. A aluna Lindsay Victória da Silva Santana, do 1º ano, visitou o Arquivo Judiciário pela primeira vez. “Achei tudo bem legal. O jeito que eles restauram o papel é bem interessante”. Os alunos passaram por todos setores do Arquivo, entre eles o Laboratório de Conservação Preventiva e Restauro e Núcleo de Desinfestação e Higienização de Documentos. Também acompanharam a visita alunos da UFS, Unit e Faculdade Estácio. Ao contrário de Lindsay, John Anthony Monteiro, aluno do 2º ano, já havia visitado o Arquivo outras duas vezes. “Toda vez que tem visita para cá, eu sempre peço para me colocar porque eu amo história. Gosto de ver os documentos. Hoje mesmo, o funcionário falou sobre o documento mais antigo daqui, de mil seiscentos e pouco”, comentou o aluno. O documento mais antigo existente no Arquivo Judiciário é um Livro de Notas datado de 1655, oriundo do Cartório de 1º Ofício da Comarca de São Cristóvão. No documento, consta uma procuração de Francisco Chaves relativa ao escravo Congo João; além de informações da época escravocrata, negócios e órfãos no Estado de Sergipe. Outros documentos históricos preservados pelo Arquivo são o processo de Lampião, o mapa de Sergipe de 1918, os limites territoriais de Aracaju-São Cristóvão de 1928, o Catálogo dos Autos Judiciais de Laranjeiras e documentos referentes a inventários, defloramentos, usucapião, entre outros disponibilizados no site do Arquivo. Pesquisa Muitos documentos guardados no Arquivo Judiciário são raros. Mas encontrar pesquisadores consultando processos antigos é, diariamente, uma cena bem comum no local. É o caso de Nathiely Feitosa, mestranda em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela frequenta o Arquivo Judiciário desde o início da graduação e, atualmente, pesquisa sobre testamentos do século XIX, no período de 1800 a 1850. “Nesses documentos, além de organizar para quem deixar os bens, os autores declaravam suas angústias, seus medos da morte. Então, são documentos bastante ricos. Estou focada em analisar a libertação de escravizados. Tem casos de testadores que libertam os escravos e a justificam dizendo que era por amor. Então, a gente tem acesso a todo um universo mental daquela época”, contou a mestranda. A pesquisa de Nathiely no Arquivo Judiciário foi iniciada ainda na graduação, em 2019. Até agora, ela já analisou cerca de 100 testamentos. “Encontrei, por exemplo, o caso de um francês que morava em Estância, de aproximadamente 1850 o testamento dele, que libertou a escrava Leopoldina sob a condição que ela cuidasse do filho dele até a maioridade. Em troca, ele daria para ela uma casa, uma pensão anual e dinheiro para comprar roupa, mesas e cadeiras”, revelou.
07/06/2023 (00:00)
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